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Quem é Quem na Narrativa - O Vilão!

       Antes de começarmos a conversa de hoje, eu preciso fazer um disclaimer: esse é, sem sombra de dúvidas, o meu tópico preferido em teoria narrativa e eu poderia facilmente passar DIAS falando só sobre isso (sério, eu conseguiria escrever uma série só sobre a construções de vilões - e nem descarto completamente que um dia eu vá). Não só o vilão é o papel narrativo mais interessante e rico, ao meu ver, como ele é facilmente aquele com mais exemplares icônicos e épicos, além de ser o personagem que mais potencial tem para enriquecer uma boa narrativa. Uma história pode se sustentar por um bom vilão, mas uma boa história é elevada a níveis memoráveis por um vilão bem construído! Quer um exemplo: Senhor dos Anéis! A trilogia é sensacional, mas a presença da constante ameaça de Sauron e Saruman elevam a obra. Dentre as frases mais citadas de Senhor dos Anéis, talvez a mais reconhecível seja a "(...) Um anel para a todos governar, Um anel para encontrá-los. Um anel par...

Eu sou Malala: A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã

Biografia por Malala Yousafzai É a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que privilegia filhos homens. Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz. Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo global,...

Elantris: Uma releitura da história mais velha do mundo em uma Necrópole Fantástica.

Como antes tentarei responder aqui algumas questões comuns para a análise de Elantris, primeiro quanto ao valor da obra. Como dito em uma de minhas análises anteriores (Almeida, jul.2020) começamos a ler quando começamos a estabelecer relações com o nosso entorno, assim a interpretação e valores são percepções do próprio leitor. O valor da obra acaba se definindo conforme o diálogo entre o autor e o leitor vai sendo construído durante a jornada da leitura. Elantris traz uma leitura fácil e simplista, na minha opinião. Dividido em poucos capítulos, mas esses separados em partes, inteligentemente finalizadas como Cenas de uma peça, onde três pontos de vista da mesma história são contados e trazem certo frescor a obra. Em determinado ponto eu acreditei que essas três histórias se afunilariam de fato em uma única narrativa, isso seria inteligente e teria me agradado se não tivesse acontecido de maneira confusa e vertiginosa apenas no desenlace da obra. Infelizmente a simplicidade...